A carne de sol é um produto tradicional de produção artesanal e mais comercializado nas duas maiores regiões territoriais do Brasil (norte e nordeste). Mesmo com o avanço da refrigeração, a carne de sol não está fadada a desaparecer, pois garantiu, ao longo de décadas, consumidores fiéis às suas características peculiares.
Imagem apenas ilustrativa. Extraída do link:http://www.picanhacia.com.br/produto/carne-de-sol-kg/ |
De produto consumido regionalmente e usado em poucas receitas, a carne de sol, hoje, alcançou grande visibilidade, sendo consumido praticamente em todo o território brasileiro em inúmeras receitas. Em Minas Gerais, o município de Mirabela MG, Norte de Minas, é reputado produtor de excelente carne de sol.
A carne de sol, denominada também carne de vento e carne do sertão, é um método de conservar alimentos de origem animal salgando-se e secando-se, em local coberto e bem ventilado, peças de carne, em geral bovina. Apesar do nome, em geral, não vai ao sol.
Carne de Sol com mandioca é bastante apreciada em Minas Gerais. |
Diferenças em relação à carne-seca e ao charque
É, normalmente, confundida com a carne-seca. Apesar de possuírem processos parecidos, há uma grande diferença no sabor. A carne de sol é ligeiramente salgada e, depois, colocada para secar e desidratar em local coberto e ventilado. O processo de secagem é rápido e o interior da carne fica úmido e macio. Já a carne-seca leva mais sal e é empilhada em locais secos para sua desidratação. Após a secagem da carne, ela é estendida em varal ao sol para completar sua desidratação. A carne-seca é bem mais salgada se comparada com a carne de sol.
Outro processo de desidratação bem conhecido é o charque, originário também do nordeste, mas que posteriormente, em razão da seca e da consequente diminuição dos rebanhos, teve sua produção em escala comercial deslocada para a região sul do Brasil. Embora o nordeste nunca tenha deixado de se manter firme como produtor e consumidor de charque. O processo é bem parecido com o da carne-seca. O diferencial é que leva mais sal. É portanto um equivoco muito comum, à afirmação de que o charque é típico do sul do país, pois, no sul, foi apenas onde a produção de charque em larga escala se mostrou mais viável.
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